23 de set. de 2012

4. Morfologia


4.       Morfologia

 

       Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

 

Estrutura e Formação das Palavras
 
 
 
Estrutura
Morfema
Radical
Afixos: Prefixos e sufixos
Desinências Nominais e Verbais
Vogal Temática
Elementos estruturais secundários: Consoante e vogal de ligação

 
 
Formação
Derivação Prefixal
Derivação Sufixal
Derivação Prefixal e Sufixal
Derivação Parassintética
Derivação Imprópria
Derivação Regressiva
Composição por Justaposição
Composição por Aglutinação
Hibridismo
Onomatopeia
Sigla
Redução Vocabular
 
 
 
1.  Substantivo
Substantivo Comum ou Próprio
Substantivo Simples ou Composto
Substantivo Primitivo ou Derivado
Coletivos  
 
 
 
 

 
2.  Adjetivo
 
3.  Artigo
Artigo Definido e Indefinido
Substantivação
Palavras que não admitem artigo
Empregos opcionais do artigo

 
4.  Numeral
Numeral Cardinal/ Ordinal/ Multiplicativo e Fracionário
 


 
5.  Pronome
Pronomes Pessoais do Caso Reto e Oblíquo
Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo 
 
 
 
 
 



 
 
 
 
 
  1. Tabela dos pronomes pessoais
Pronomes pessoais
Primeira pessoa
Segunda pessoa
Terceira pessoa
 
Singular
Plural
Singular
Plural
Reflexivo
Masculino
Feminino
 
Singular
Plural
Singular
Plural
 
Sujeito
eu
nós
tu
vós
-
ele
eles
ela
elas
 
Objetos diretos
me
nos
te
vos
se
o
os
a
as
 
Objetos indiretos
me
nos
te
vos
se
lhe
lhes
lhe
lhes
 
Objeto preposicionado
mim
nós
ti
vós
si
ele
eles
ela
elas
 
Comutativo
comigo
conosco
contigo
convosco
consigo
com ele
com eles
com ela
com elas
 
 
 
 
 
 
  1. Tabela dos pronomes de tratamento
 
 
 
 
  1. Tabela dos pronomes possessivos
 
  1. Tabela dos pronomes demostrativos
 
 
 
Pronome Possessivo Adjetivo
     
Quando o pronome possessivo faz referência a um substantivo já citado, atribuindo sua posse a um sujeito, ele tem função adjetiva ou de adjunto.
 
O MEU casaco é melhor que o SEU.
Os dois pronomes estão adjetivando o substantivo casaco, já citado.
 
 
 
 
 
Pronome Possessivo Substantivo
Quando um pronome possessivo faz referência a um substantivo que não foi sequer enunciado, ele acaba cumprindo o papel desse substantivo ausente dentro da frase, e é portanto um pronome possessivo substantivo ou também chamado pronome possessivo absoluto.    O MEU é melhor que o TEU.
Os dois pronomes estão referindo à posse de algo que não foi citado na frase e estão No lugar dele.
 
 
 
 
Pronome Indefinido
 
      Consoante a função que desempenham, podem ser classificados de pronomes indefinidos substantivos — quando substituem nomes — ou de pronomes indefinidos adjetivos — quando estão antes de um nome, determinando-o.
 
 
 
 
Pronomes Indefinidos Substantivos
Tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas)
um (uma, uns, umas), nada, ninguém, nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas),
o mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas), outrem, outro (outra, outros, outras),
vários (várias).
 
 
 
 
Pronomes Indefinidos Adjetivos
Todo (toda, todos, todas), algum (alguma, alguns, algumas),
um (uma, uns, umas), nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas),
certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer),
o mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas), outro (outra, outros, outras),
cada, vários (várias).
 
 
Pronomes Relativos
 
Quadro dos Pronomes Relativos
Variáveis
Invariáveis
Masculino
Feminino
o qual
cujo
quanto
os quais
cujos
quantos
a qual
cuja
quanta
as quais
cujas
quantas
quem
que
onde
 
 
6.  Verbo
 
Quanto à CONJUGAÇÃO
·         Verbos da primeira conjugação: São os verbos terminados em ar: molhar.
·         Verbos da segunda conjugação: São os verbos terminados em er: receber.
·         Verbos da terceira conjugação: são os verbos terminados em ir: sorrir.
 

 
 
FLEXÃO - Os verbos têm as seguintes categorias de flexão:
  • Número: singular e plural.
  • Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem).
  • Modo: indicativo,subjuntivo e imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).
  • Tempo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
  • Voz: ativa, passiva (analítica ou sintética), reflexiva.
 
 
MODO VERBAL
    As flexões de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relação ao fato enunciado. Assim:
  • uma atitude que expressa certeza com relação ao fato que aconteceu, que acontece ou que acontecerá, é característica do Modo Indicativo. Exemplos:
    • Ele trabalhou ontem..
 
 
  • uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese é característica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos:
    • Se eu trabalhasse…
 
 
  • uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo:
    • Faça isto, agora!
 
 
 
TEMPO VERBAL
Com relação ao Tempo, podemos expressar um facto basicamente de três maneiras diferentes:
  1. No presente: significa que o fato está acontecendo relativamente ao momento em que se fala;
 
  1. No pretérito: significa que o fato já aconteceu relativamente ao momento em que se fala;
 
 
  1. No futuro: significa que o fato ainda irá acontecer relativamente ao momento em que se fala.
   
 
 
Presente ------ eu penso
Pretérito Imperfeito ------ eu pensava
Pretérito Perfeito Simples -------- eu pensei
Pretérito Perfeito Composto ------- eu tenho pensado
Pretérito Mais-que-perfeito Simples ------ eu pensara
Pretérito Mais-que-perfeito Composto ------- eu tinha pensado
Futuro do Presente Simples ----- eu pensarei  
Futuro do Presente Composto ----- eu terei pensado
Futuro do Pretérito Simples ----- eu pensaria
Futuro do Pretérito Composto ----- eu teria pensado
 
 
 
 
 

 
Presente ----- que eu pense
Pretérito Imperfeito ----- se eu pensasse
Pretérito Perfeito Composto ----- que eu tenha pensado
Pretérito mais-que-perfeito composto ----- se eu tivesse pensado
Futuro Simples ----- quando eu pensar
Futuro Composto ----- quando eu tiver pensado
 
 
 
 
Afirmativo ----- pensa (tu), pensa (você)
Negativo ----- não penses (tu), não pense (você)
 
 
 
 
FORMAS NOMINAIS
 
  • Infinitivo ----- terminação em -r  ----- falar
  • Gerúndio ----- terminação em – ndo ----- falando
  • Particípio ----- terminação em –ado ou –ido ----- vendido]
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO VERBO QUANTO À MORFOLOGIA
 
 
  • Verbos regulares: Flexiona sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc.
 
 
  • Verbos irregulares: Sofrem modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem, tendo modificações no radical e nas terminações. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo").
 
 
  • Verbos anômalos: Entre os irregulares se destacam os anômalos. São verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. Exemplos: ir, ser, ter. O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo.
 
 
  • Verbos defectivos: Verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas. Exemplo: precaver - não existe a forma "precavenha".



São exemplos de alguns verbos defectivos: adequar, falir, doer, reaver, abolir, banir, brandir, carpir, colorir, delir, explodir, ruir, exaurir, demolir, puir, delinquir, fulgir (resplandecer), feder, aturdir, bramir, esculpir, extorquir, retorquir, soer (costumar: ter costume de), etc.

Estes verbos, em sua maioria, são conjugados apenas na primeira e segunda pessoa do plural do modo indicativo, na segunda pessoa do plural do modo imperativo e não possuem flexões no presente do subjuntivo.
presente do indicativo.
Eu (sem conjugação)
Tu colores
Ele colore
Nós colorimos
Vós coloris
Eles colorem.


 
  • Verbos abundantes: Verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação. Exemplos: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo.
 

Verbos abundantes são aqueles que apresentam mais de uma forma para determinada flexão. Essas formas, geralmente, ocorrem no particípio, em que, além das formas regulares (em –ado ou –ido), apresentam as formas irregulares, também conhecidas por breves ou curtas. Conheça as regras para

 

Eis os principais verbos abundantes e seus particípios:

Verbo
Regular e Irregular
Aceitar
Aceitado e aceito
Acender
Acendido e aceso
Benzer
Benzido e bento
Concluir
Concluído e concluso
Eleger
Emergir
Entregar
Enxugar
Expelir
Expressar
Exprimir
Expulsar
Extinguir
Elegido e eleito
Emergido e emerso
Entregado e entregue
Enxugado e enxuto
Expelido e expulso
Expressado e expresso
Exprimido e expresso
Expulsado e expulso
Extinguido e extinto
Frigir
Findar
Frigido e frito
Findado e findo
Imergir
Imprimir
Inserir
Isentar
Imergido e imerso
Imprimido e impresso
Inserido e inserto
Isentado e isento
Limpar
Limpado e limpo
Matar
Morrer
Matado e morto
Morrido e morto
Omitir
Omitido e omisso
Prender
Prendido e preso
Romper
Rompido e roto
Salvar
Segurar
Soltar
Submergir
Suprimir
Suspender
Salvado e salvo
Segurado e seguro
Soltado e solto
Submergido e submerso
Suprimido e supresso
Suspendido e suspenso
Tingir
Tingido e tinto.

 

Observações:

 

Nos verbos [trazer] [chegar] e [empregar] apenas o particípio regular é aceito: trazido, chegado e empregado. As formas trago, chego e empregue não são aceitáveis: Ele tinha chegado cedo. E não: Ele tinha chego cedo. / O presente foi trazido por mim. E não: O presente foi trago por mim.

 

As formas regulares: abrido, cobrido, escrevido, ganhado, gastado, e pagado são evitadas na língua culta. Usa-se: aberto, coberto, escrito ganho, gasto e pago, com qualquer auxiliar.

 

O verbo vir tem como particípio vindo, a mesma forma que seu gerúndio. Também seus derivados: advindo, intervindo, provindo, sobrevindo.

 

Os verbos abundantes estão perdendo a forma regular, em virtude da preferência pela forma irregular mais curta.



 

O EMPREGO DOS PARTICÍPIOS DUPLOS

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Verbos Abundantes

Há verbos que possuem duas formas de particípio: uma regular em [-ado], ou [-ido]; e outra chamada irregular porque se configura de maneira reduzida. Esses verbos são chamados de verbos abundantes. O particípio reúne as características de verbo com as de adjetivo.

Regras Para o Emprego dos Particípios Duplos

 

1ª. As formas regulares – particípio em [-ado] ou [-ido] – são empregadas na voz ativa com o auxiliar [ter] ou [haver]:

O banco havia aceitado o cheque.

O assassino tinha matado o presidente.

havíamos limpado o piso pela manhã.

Tenho aceitado trabalhos demais este ano.

Ainda não tínhamos acendido a vela, quando a luz voltou.

 

2ª. As formas irregulares – particípio curto, reduzido - são usadas na voz passiva com os auxiliares [ser] ou [estar]:

O cheque foi aceito pelo banco.

O presidente estava morto.

O ladrão foi pego em flagrante.

O sapato já está seco.

O náufrago estava salvo.

O documento foi entregue por ele.

 

3ª. A forma irregular varia em gênero e número. A regular fica invariável:

Os assassinos tinham matado o presidente.

Os náufragos estavam salvos.

Os documentos foram entregues por ele.

 

 

Observações:

 

1ª. Nos verbos [trazer] [chegar] e [empregar] apenas o particípio regular é aceito: trazido, chegado e empregado. As formas trago, chego e empregue não são aceitáveis:

Ele tinha chegado cedo. E não: Ele tinha chego cedo.

O presente foi trazido por mim. E não: O presente foi trago por mim.

2ª. As formas regulares: abrido, cobrido, escrevido, ganhado, gastado, e pagado são evitadas na língua culta. Usa-se: aberto, coberto, escrito ganho, gasto e pago, com qualquer auxiliar.

3ª. O verbo vir tem como particípio vindo, a mesma forma que seu gerúndio. Também seus derivados: advindo, intervindo, provindo, sobrevindo.

4ª. Os verbos abundantes estão perdendo a forma regular, em virtude da preferência pela forma irregular mais curta.




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Ajudaram na composição do texto: Cegalla, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Ed. Nacional, São Paulo, 1988. / Savioli, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. Ed. Ática, São Paulo, 1993.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário.

http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1486102
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO VERBO QUANTO À SEMÂNTICA
 
 
  • Verbos transitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podendo ser transitivo direto, quando não exigir preposição depois do verbo, ou transitivo indireto, quando exigir preposição depois do verbo. Ou ainda transitivo direto e indireto.
 
 
  • Verbos intransitivos: Designam ações que não afetam outros indivíduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc.
 
 
  • Verbos impessoais: São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente (mas nem sempre) designam fenômenos da natureza e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc.
 
 
  • Verbos de ligação: São os verbos que não designam ações; apenas servem para ligar o sujeito ao predicativo.
 
Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc...
 
 
 
 
VOZES VERBAL
 
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.
Voz Ativa
Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex.
·         As meninas exigiram a presença da diretora.
·         A torcida aplaudiu os jogadores.
·         O médico cometeu um erro terrível.
Voz Passiva
Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Ex.
·         Entregam-se encomendas.
·         Alugam-se casas.
·         Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes aqui.
Ex.
·         As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
·         As casas foram alugadas pela imobiliária.
·         As roupas foram compradas por uma elegante senhora.
Voz Reflexiva
Há dois tipos de voz reflexiva:
A) Reflexiva
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Ex.
·         Carla machucou-se.
·         Osbirvânio cortou-se com a faca.
·         Roberto matou-se.
B) Reflexiva recíproca
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Ex.
·         Paula e Renato amam-se.
·         Os jovens agrediram-se durante a festa.
·         Os ônibus chocaram-se violentamente.
Passagem da ativa para a passiva e vice-versa
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
1.  O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
2.  O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.
3.  Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
4.  Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.
Voz ativa
A torcida aplaudiu os jogadores.
·         Sujeito = a torcida.
·         Verbo transitivo direto = aplaudiu.
·         Objeto direto = os jogadores.
Voz passiva
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
·         Sujeito = os jogadores.
·         Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
·         Agente da passiva = pela torcida.
http://www.algosobre.com.br/portugues/vozes-verbais.html
 
 
Voz passiva sintética e sujeito indeterminado: Qual o papel do "se" nos dois casos?

 

       Existem dois tipos de voz passiva: a passiva analítica e a passiva sintética.

       A passiva analítica é formada pelo verbo ser somado ao particípio do verbo principal, como em: "São notados alguns sinais de recuperação na recém-abalada economia global". Nota-se que o verbo está no plural, concordando com o sujeito "alguns sinais de recuperação".

           Para ter certeza, podemos permutar o sujeito pelo pronome eles e copiar o restante do enunciado, assim: "eles são notados na recém-abalada economia global".

        A passiva sintética, por sua vez, apresenta-se com o pronome apassivador se somado ao verbo principal, que deverá concordar com o sujeito. Assim: "Conserta-se sapato", "Vendem-se casas".

      Esses são exemplos dos chamados casos de oração com sujeito determinado paciente, exemplos que podem ser facilmente transformados em voz passiva analítica: "Sapato é consertado" e "Casas são vendidas".

        Ubaldo L. de Oliveira (em A estrutura sintática da frase) lembra-nos que é fundamental não nos esquecermos da própria predicação verbal para determinarmos o sujeito paciente, pois voz passiva analítica ou voz passiva sintética só ocorre com o verbo transitivo direto (consertar, vender, etc.) ou verbo transitivo direto e indireto.

 

Sujeito indeterminado

     Já quando usamos o pronome se como índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica obrigatoriamente no singular.

     Todavia, é fundamental entender que o se só pode indeterminar o sujeito quando o verbo for transitivo indireto, quer dizer, quando exige uma preposição antes do complemento, ou quando for intransitivo (sem complemento). Como em: "Confiava-se em sonhos", "Falou-se de coisas estranhas durante a noite", "Desistiu-se da proposta" e "Vive-se alegremente".

       Ao contrário do sujeito determinado - que ocorre quando, pelo predicado, o locutor faz atribuição a um elemento especificado dentre vários (como, por exemplo, em "A lua surgiu entre os edifícios", em que o processo de "surgir entre os edifícios" está sendo atribuído especificamente à "lua" [e não ao sol, nuvens, estrelas, etc.]) -, o sujeito indeterminado ocorre quando a atribuição feita pelo predicado não se endereça a um elemento bem marcado entre vários, como em: "Trabalha-se muito por aqui". O processo de "trabalhar muito por aqui" não está sendo atribuído a um elemento específico, dentre vários.

Quadro-síntese dos traços distintivos entre pronome se apassivador e pronome se índice de indeterminação do sujeito:

 


Traços distintivos entre:

 

 

 

deverá concordar com o sujeito

VTD  ou VTDI

transformação em voz passiva analítica

o verbo fica no singular

VTI  ou  VI

passiva sintética

se - pronome apassivador 

 

+

+ 

+

_

_

+

se - índice de indeterminação do sujeito

_

_

_

+

+

_

Jorge Viana de Moraes, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é mestre em Letras pela Universidade de São Paulo. Atua como professor em cursos de graduação e pós-graduação na área de Letras.

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/voz-passiva-pronominal-e-sujeito-indeterminado-qual-o-papel-do-se-nos-dois-casos.htm

Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por Exemplo:
Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se
de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
 
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito.
Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.
Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)
Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
c) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Por Exemplo:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint8.php





 
 
2.  Advérbio
 
 
1. Advérbios de modo
Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente, cuidadosamente, calmamente e muitos outros terminados em mente.
 
 
 
Locuções Adverbiais de Modo
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão.
 
 
 
2. Advérbios de lugar
abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.
 
 
 
Locuções Adverbiais de Lugar
a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, por aqui, em baixo, ao meio, em algum lugar.
 
 
 
3. Advérbios de tempo
afinal, agora, amanhã, amiúde (da expressão a miúdo - repetidas vezes, frequentemente), antes, ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, sempre, outrora, primeiramente, tarde, provisoriamente, sucessivamente, já.
 
 
 
Locuções adverbiais de tempo
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
 
 
  1. Advérbios de Negação não, tampouco (também não), nunca, negativamente, Jamais.
Locuções adverbiais de negação
de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.
 
 
5. Advérbios de Afirmação
sim, certamente, realmente, decerto, certo.
 
 
Locuções adverbiais de afirmação
de certeza, com certeza, etc.
 
 
6. Advérbios de dúvida
acaso, casualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá, será.
 
 
Locuções adverbiais de dúvida
por certo, quem sabe.
 
 
7. Advérbios de intensidade ou quantidade
assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, bem, muito, quanto, quão, quase, tanto, pouco, demasiado, imenso.
 
 
Locuções adverbiais de intensidade ou quantidade
em excesso, de todo, de muito, por completo, por demais.
 
 
Palavras e Locuções Denotativas
      São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser invariável, por exemplo), assemelhem-se a advérbios, não possuem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, classificação especial. Do ponto de vista sintático, são expletivas, isto é, não assumem nenhuma função; do ponto de vista morfológico, são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes gramaticais); do ponto de vista semântico, são inegavelmente importantes no contexto em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em função da ideia que expressam:
 
Adição: ainda, além disso, etc. ----- Comeu tudo e ainda repetiu.
 
Afastamento: embora ----- Foi embora daqui.
 
Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente ------ Ainda bem que passei de ano
 
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc. ---quase revelou o segredo.
 
Designação: eis ----- Eis nosso carro novo.
 
Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas, etc. ---- Não me descontou sequer um real.
 
Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc. ----- Li vários livros, a saber, os clássicos.
 
Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc. ----- Eu também vou viajar.
 
Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc. ----- ele veio à festa.
 
Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc.  ----- E vocêsabe essa questão?

Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. ----- Somos três, ou melhor, quatro.
 
Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. ----- Mas quem foi que fez isso?
 
 
 
3.  Preposição

Essenciais e Acidentais


 
 
Essenciais  Aquelas que só funcionam como preposição, são elas:
  • à (ou "ao" antes de palavra masculina)
  • a
  • ante
  • até
  • após
  • com
  • contra
  • de
  • desde
  • em
  • entre
  • para
  • per
  • perante
  • por
  • sem
  • sob
  • sobre
  • trás
 
Acidentais Aquelas que passaram a ser preposições, mas são provenientes de outras classes gramaticais, como:
 
  • afora,
  • menos,
  • salvo,
  • conforme,
  • exceto,
  • como,
  • que,
  • consoante,
  • segundo,
  • durante,
  • mediante...
 
 Contração
Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre redução.
Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a); duma (de + uma)
 
4.  Conjunção
 
 
 
 
Aditivas Indicam uma relação de adição à frase: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como etc.
 
 
Adversativas Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.
 
 
 
Alternativas ou disjuntivas Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou... ou, ou, ora... ora, já... já, quer... quer, etc.
 
 
 
Explicativas Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).
 
 
 
Conclusivas Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc
 
 
 
 
 
 
Integrantes
que, se.
Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.
 
 
As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
 
 
Causal
porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que.
 
 
 
  
 
Comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.
     
 
Concessiva
embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.
    
 
Condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
    
 
Conformativa
conforme, como, segundo, consoante etc.
 
 
Consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
  
 
Final
para que, a fim de que, porque [para que], que
   
 
Proporcional
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)
   
 
Temporal
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.
 
 





1.  Interjeição
afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, rua!, toca!, xô!, xô pra lá!

alegria/contentamento: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!, oba!, eba!, viva!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!

advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!

admiração: puxa!, nossa!, que coisa!, ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: ou la la)

alívio: ufa!, uf!, arre!, ah!, ainda bem!

animação/estímulo: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!, firme!

apelo: alô!, olá!, ó!

aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!

agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!

chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!

estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!

desculpa: perdão! desculpe!, desculpa!, mal!, foi mal!

desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!

despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!

dor: ai!, ui!, ai de mim!

dúvida: hum?, hem?, hã?

cessação: basta!, para!

invocação: alô!, ô, olá!, psiu!, socorro!, ei!

espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!, meu Deus!, menino Jesus!

 impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!, hem!, diabo!, pô!

saudação: ave!, oi!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!, alô!

saudade: ah!, oh!

 silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!, alto! basta! chega! quietos!

suspensão: alto!, alto lá!

terror/medo:
credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!, socorro!

interrogação: hei!?…