14 de set. de 2012

Lista de Exercícios / Processo de Formação das Palavras


 
Exercícios /Formação das Palavras
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  1. Leia o texto abaixo.
 
Texto I
 
“Ele era um homem corajoso. Indômito, intrépido, impávido. Nada temia. E se tinha uma luta era uma luta aberta, valente, correta. Um dia, porém, soube que havia uma coisa chamada fobia. Falaram-lhe, no escuro, da atrofobia. Num elevador alguém lhe narrou da claustrofobia. Depois, no alto de um edifício, ouviu algo acerca da barofobia. E então começou a sentir a fobia, pavorosa fobia da fobia. (Millôr Fernandes)
 
a.    Ocorrem, no texto de Millôr Fernandes, três vocábulos criados a partir do radical grego fobia. Explique o significado de fobia e dos três vocábulos formados a partir deste radical.
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b.    Retire do texto elementos que comprovem sua resposta anterior.
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c.    Qual o processo utilizado por Millôr para formar as palavras atrofobia e claustrofobia?
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d.    O termo barofobia, formado a partir de dois radicais gregos, significa “medo relacionado à variação de pressão atmosférica ou à ação da gravidade”. Qual palavra da língua portuguesa, também formada por dois radicais gregos, significa, literalmente, “medo de altura”?
 
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  1. Leia o texto abaixo.
 
Texto II
 
GENTE SUPERFATURADA
 
[...] O verbo “superfaturar” [...] anda tão valorizado nos últimos anos, tão exposto na cobertura de sucessivos escândalos, que vem tentando virar aquilo que não é: um sinônimo perfeito de “exagerar” ou “superestimar”. Dificilmente atingirá seu objetivo, mesmo em sentido figurado. “Faturar” é um verbo enraizado demais no campo da economia.
 Apesar de tudo, ele faz o que pode. Dia desses, uma notícia de grande destaque na imprensa carioca informava que o governo Anthony Garotinho está sendo acusado de “superfaturar em 50%” o número de pessoas alfabetizadas no estado de 1999 a 2002. Doeu. “Superfaturar” significa “cobrar preço excessivamente alto” ou “expedir fatura de venda com preço acima do realmente cobrado”. É possível superfaturar gente, sim, mas só em regimes escravocratas.
 
RODRIGUES, Sérgio. Coluna Língua viva. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11 ago. 2002.
 
  1. O texto transcrito centra-se na discussão do uso do verbo superfaturar. Explique a formação dessa palavra.
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  1. Qual o sentido atribuído ao prefixo super?
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  1. Sérgio Rodrigues aponta, em seu texto, um uso equivocado desse verbo. Em que consiste esse equívoco, segundo o autor?
 
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  1. Explique por que tal uso é inadequado.
 
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  1. O que explicaria, do ponto de vista semântico, esse equívoco?
 
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  1.  Leia o poema.
 


A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
 
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.

Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,

em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada

do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
 
                                         Carlos Drummond Andrade


a. “O português são dois”. Quais são eles, segundo o poema?
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b. Identifique o radical e a vogal temática de língua. Agora, transcreva o verso em que os dois foram usados no lugar de linguagem.
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c. Considere o radical de estrelada e responda: o emprego desse adjetivo valoriza ou desvaloriza a “superfície de letras”? Justifique.
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  1. Leia atentamente o texto a seguir e julgue os itens da questão.
 
                                                                                Eiros
 
A leitora Elza Marques Marins me escreve uma carta divertida estanhando que “brasileiro” seja o único adjetivo pátrio conhecido em “eiro” que, segundo ela, é um sufixo pouco nobre. Existem suecos, ingleses e brasileiros, como existem médicos, terapeutas e curandeiros. (...)
É a diferença entre jornalista e jornaleiro ou entre músico ou musicista e roqueiro, timbaleiro ou seresteiro. Há o importador e há o muambeiro. “Se você começou como padeiro, açougueiro ou carvoeiro” – escreve Elza – “as chances são mínimas de acabar como advogado, empresário, grande investidor ou latifundiário, a não ser que se dê o trabalho de ser político antes”. Aliás, há políticos e politiqueiros. (...)”
 
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Jornal do Brasil, 7/10/95.
 
1. (C) (E)  Segundo a leitora, alguns morfemas funcionariam como indicadores de status.
2. (C) (E)  O jornalista apresenta argumentos que contrariam a hipótese levantada pela leitora.
3. (C) (E)  De acordo com o texto, suecos e ingleses estão para médicos e terapeutas, assim como brasileiros estão para curandeiros.
4. (C) (E)  A teoria da leitora ganharia força, caso se recorresse ao par banqueiro/bancário.
5. (C) (E)  Na opinião da leitora de Veríssimo, o ciclo da pobreza poderia ser rompido por meio da carreira política.
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  1.     De que maneira um idioma pode crescer, aumentar o número de palavras que o compõe?
Cada língua tem seus mecanismos próprios de formação de novas palavras. No caso específico da Língua Portuguesa, existem alguns processos, sendo que os dois mais importantes são a Derivação e a Composição.
 
Numere as palavras da segunda coluna conforme os processos de formação numerados à esquerda.
 
1.    Composição por Justaposição      (       )    alfabetizar
2.    Composição por Aglutinação        (       )    Infelicidade 
3.    Parassíntese                                    (       )   Floripa
4.    Derivação Sufixal                            (       )    amor-perfeito
5.    Derivação Prefixal                           (       )    reco-reco
6.    Derivação Prefixal e Sufixal           (       )     bicicleta
7.    Derivação Imprópria                       (       )     dispor
8.    Redução                                           (       )     engordar
9.    Hibridismo                                       (       )     um não
10.  Onomatopeia                                   (       )     aguardente
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A análise da estrutura das palavras revela-nos a existência de vários elementos mórficos chamados de morfemas.
Os elementos que contêm  o significado básico da palavra chama-se morfemas lexicais, e os que indicam a flexão das palavras, ou seja, as variações para indicar gênero, número, pessoa, modo, tempo recebem o nome de morfemas gramaticais.
 As palavras podem se estruturar em: radical, vogal temática, tema, desinência, vogal ou consoante de ligação.
 
 
  1. Identifique os morfemas gramaticais destacados das seguintes palavras:
 


  1. Perguntassem
  2. Perguntassem
  3. Perguntassem
  4. Perguntassem
  5. Perguntassem
  6. Sonolento
  7. Governos
  8. Governadora
  9. Governador
  10. Irreal
 
 
(        )  Desinência verbal número-pessoal
(        )  Desinência nominal de número plural
(        )  Sufixo
(        )  Desinência nominal de gênero    
 (        )  Tema         
(        )  Prefixo
(        )  Desinência verbal modo-temporal
(        )  Radical
(        )  Consoante de ligação
(        )  Vogal temática
 


 

 

"A palavra é o meu domínio sobre o mundo."

Clarice Lispector