Exercícios /Formação das Palavras
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- Leia o texto
abaixo.
Texto I
“Ele
era um homem corajoso. Indômito, intrépido, impávido. Nada temia. E se tinha
uma luta era uma luta aberta, valente, correta. Um dia, porém, soube que havia
uma coisa chamada fobia. Falaram-lhe, no escuro, da atrofobia. Num
elevador alguém lhe narrou da claustrofobia. Depois, no alto de um edifício,
ouviu algo acerca da barofobia. E então começou a sentir a fobia,
pavorosa fobia da fobia. (Millôr Fernandes)
a.
Ocorrem,
no texto de Millôr Fernandes, três vocábulos criados a partir do radical grego fobia. Explique o significado de fobia e dos três vocábulos formados a
partir deste radical.
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b.
Retire
do texto elementos que comprovem sua resposta anterior.
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c.
Qual
o processo utilizado por Millôr para formar as palavras atrofobia e
claustrofobia?
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d.
O
termo barofobia, formado a partir de dois radicais gregos, significa “medo
relacionado à variação de pressão atmosférica ou à ação da gravidade”. Qual
palavra da língua portuguesa, também formada por dois radicais gregos,
significa, literalmente, “medo de altura”?
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- Leia o texto
abaixo.
Texto II
GENTE
SUPERFATURADA
[...]
O verbo “superfaturar” [...] anda tão valorizado nos últimos anos, tão exposto
na cobertura de sucessivos escândalos, que vem tentando virar aquilo que não é:
um sinônimo perfeito de “exagerar” ou “superestimar”. Dificilmente atingirá seu
objetivo, mesmo em sentido figurado. “Faturar” é um verbo enraizado demais no
campo da economia.
Apesar de tudo, ele faz o que pode. Dia
desses, uma notícia de grande destaque na imprensa carioca informava que o
governo Anthony Garotinho está sendo acusado de “superfaturar em 50%” o número
de pessoas alfabetizadas no estado de 1999 a 2002. Doeu. “Superfaturar”
significa “cobrar preço excessivamente alto” ou “expedir fatura de venda com
preço acima do realmente cobrado”. É possível superfaturar gente, sim, mas só
em regimes escravocratas.
RODRIGUES,
Sérgio. Coluna Língua viva. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11 ago. 2002.
- O texto transcrito centra-se na
discussão do uso do verbo superfaturar. Explique a formação dessa palavra.
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- Qual o sentido atribuído ao
prefixo super?
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- Sérgio Rodrigues
aponta, em seu texto, um uso equivocado desse verbo. Em que consiste esse
equívoco, segundo o autor?
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- Explique por que tal uso é
inadequado.
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- O que explicaria, do ponto de
vista semântico, esse equívoco?
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- Leia o poema.
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos
Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua
em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois;
o outro, mistério.
Carlos
Drummond Andrade
a. “O português são
dois”. Quais são eles, segundo o poema?
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b.
Identifique o radical e a vogal temática de língua. Agora, transcreva
o verso em que os dois foram usados no lugar de linguagem.
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c.
Considere o radical de estrelada e responda: o emprego
desse adjetivo valoriza ou desvaloriza a “superfície de letras”? Justifique.
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- Leia
atentamente o texto a seguir e julgue os itens da questão.
Eiros
A
leitora Elza Marques Marins me escreve uma carta divertida estanhando que
“brasileiro” seja o único adjetivo pátrio conhecido em “eiro” que, segundo ela,
é um sufixo pouco nobre. Existem suecos, ingleses e brasileiros, como existem
médicos, terapeutas e curandeiros. (...)
É a
diferença entre jornalista e jornaleiro ou entre músico ou musicista e
roqueiro, timbaleiro ou seresteiro. Há o importador e há o muambeiro. “Se você
começou como padeiro, açougueiro ou carvoeiro” – escreve Elza – “as chances são
mínimas de acabar como advogado, empresário, grande investidor ou latifundiário,
a não ser que se dê o trabalho de ser político antes”. Aliás, há políticos e
politiqueiros. (...)”
VERÍSSIMO,
Luís Fernando. Jornal do Brasil, 7/10/95.
1. (C) (E) Segundo a leitora,
alguns morfemas funcionariam como indicadores de status.
2. (C) (E) O jornalista
apresenta argumentos que contrariam a hipótese levantada pela leitora.
3. (C) (E) De acordo com o
texto, suecos e ingleses estão para médicos e terapeutas, assim como
brasileiros estão para curandeiros.
4. (C) (E) A teoria da leitora
ganharia força, caso se recorresse ao par banqueiro/bancário.
5. (C) (E) Na opinião da leitora
de Veríssimo, o ciclo da pobreza poderia ser rompido por meio da carreira
política.
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-
De
que maneira um idioma pode crescer, aumentar o número de palavras que o
compõe?
Cada língua tem seus mecanismos próprios de formação
de novas palavras. No caso específico da Língua Portuguesa, existem alguns
processos, sendo que os dois mais importantes são a Derivação e a Composição.
Numere as palavras da segunda coluna conforme
os processos de formação numerados à esquerda.
1. Composição por Justaposição (
) alfabetizar
2. Composição por Aglutinação (
) Infelicidade
3. Parassíntese ( )
Floripa
4. Derivação Sufixal ( )
amor-perfeito
5. Derivação Prefixal ( )
reco-reco
6. Derivação Prefixal e Sufixal ( )
bicicleta
7. Derivação Imprópria ( )
dispor
8. Redução ( )
engordar
9. Hibridismo ( )
um
não
10. Onomatopeia ( )
aguardente
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A análise da estrutura das palavras revela-nos a
existência de vários elementos mórficos chamados de morfemas.
Os elementos que
contêm o significado básico da palavra chama-se morfemas lexicais, e os
que indicam a flexão das palavras, ou seja, as variações para indicar gênero,
número, pessoa, modo, tempo recebem o nome de morfemas gramaticais.
As palavras podem se estruturar em: radical,
vogal temática, tema, desinência, vogal ou consoante de ligação.
- Identifique os
morfemas gramaticais destacados das seguintes palavras:
- Perguntassem
- Perguntassem
- Perguntassem
- Perguntassem
- Perguntassem
- Sonolento
- Governos
- Governadora
- Governador
- Irreal
( )
Desinência verbal número-pessoal
( )
Desinência nominal de número
plural
( )
Sufixo
( )
Desinência nominal de gênero
(
) Tema
( )
Prefixo
( )
Desinência verbal modo-temporal
( )
Radical
( )
Consoante de ligação
( )
Vogal temática
"A palavra é o meu domínio
sobre o mundo."
Clarice Lispector